Bignoniaceae – Adenocalymma bracteatum

Liana. Caule com lenticelas; pseudo-estípula com glândulas pateliformes, triangular.

Folha 2-3 foliolada; lâmina foliolar 8-10,5 × 2,2-3,4 cm, cartácea, elíptica, base arredondada, ápice acuminado,
levemente assimétrico, margem inteira, nervura primária amarelada e saliente na face abaxial, 9-11 nervuras secundárias, com ângulo de divergência levemente agudo.

Inflorescência axilar; cálice verde, 1,4-1,6 × 0,7-0,8 cm, tubuloso, 5-dentado, 2-fileiras de glândulas pateliformes associadas à nervura, intenso tomentoso; corola tubulosa, tubo 5,2-5,4 × 2,1-2,3 cm, lobo 1,1-1,3 × 2-2,2 cm, levemente recurvada, tomentosa externamente; inserção dos estames pubescente, com tricomas glandulares capitados; ovário 0,5 × 0,2 cm, linear, cilíndrico; disco nectarífero 0,1 × 0,1 cm, ondulado longitudinalmente.

No PNSC foi reconhecida a variedade típica da espécie, A. bracteatum var. bracteatum, que caracteriza-se pelo cálice com duas fileiras de glândulas pateliformes e dentes subulados, além da corola recurvada. Em estádio vegetativo pode ser reconhecida pelas pseudo-estípulas triangulares com glândulas negras evidentes e pelas lâminas foliares
elípticas, com as nervuras da face abaxial creme, quando seca. Para Laroche (1973), A. bracteatum var. bracteatum difere da variedade macradenum Bureau, pela folha bastante pubescente, principalmente na face abaxial, e por apresentar o cálice menor e com dentes breves. Nesses quatro anos de observações e coleta, essa variedade foi encontrada no período de floração apenas uma única vez, o que a classifica como pertencente ao padrão floração maciça, coincidente com o encontrado no Parque Estadual do Rio Doce-MG (Scudeller, 1997). Porém, Amaral (1992)
a considera com o padrão estacionário modificado. Segundo Bureau & Schumann (1896), a referida variedade ocorre em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e São Paulo. Para Laroche (1973), essa variedade distribui-se também nos estados da Bahia, Espírito Santo e Paraná.

Fonte: SCUDELLER, V. V. Bignoniaceae Juss. No Parque Nacional da Serra da Canastra – Minas Gerais, Brasil. Rev. Iheringia, Sér. Bot., Porto Alegre, v. 59, n. 1, p. 59-73, jan./jun. 2004.

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