Bromeliaceae – Vriesea friburgensis var. tucumanensis

Epífita ou terrestre, 0,66-1,26 m alt. Roseta infundibuliforme.

Folhas 22-56 cm compr., alternoespiraladas, congestas, bainha castanha na base da face abaxial e castanha a vinácea na face adaxial, 8-17×5,3-9 cm, elíptica; lâmina verde a amarelada, 13,5-39×2,6-3,7(-4,8) cm, triangular, ápice agudo e mucronado. Escapo vinoso, 32-72 cm compr., glabro, ereto; brácteas escapais proximais foliáceas, as distais
4,3-10×1,7-2,5 cm, triangulares a estreito-triangulares, ápice agudo e mucronado, imbricadas, amplectivas.

Inflorescência 22-63×11-15 cm diâm., composta, em racemo heterotético duplo, ereta, laxa; ramos 3-11, fracamente geniculados, suberetos com entrenós 0,9-1,4 cm, flores 5-8, pedúnculos 0,5-1 cm, com ou sem brácteas estéreis; brácteas primárias amareladas a verde-vinosas, mais longas que o pedúnculo, as proximais semelhantes às do escapo, as distais 3,2-4,2×1,9-2,4 cm, ovadas, ápice agudo e mucronado, nervadas; brácteas florais amarelas, 2,1-3×1,4-1,9(-2,3) cm, ovadas, ápice agudo a obtuso, levemente encurvado, carenadas ou não, mais curtas que as
sépalas. Flores 4,5 cm compr., dísticas, suberetas; sépalas amarelas, 2,5-3,2×0,8 cm, estreito-elípticas, ápice obtuso a retuso, nervadas; pétalas amarelas, 3,7-4,2×0,4-0,5 cm, liguladas, apêndices petalíneos lineares; estames exsertos, anteras dorsifixas.

Frutos cerca de 3,5 cm compr.

Sementes não vistas.

Vriesea friburgensis var. tucumanensis ocorre no Paraguai, norte da Argentina e Brasil, em MG, SP, PR, SC e RS (Smith & Downs 1977, Forzza et al. 2010), em Mata Atlântica (Forzza et al. 2010). Na ASEPB, aparece em matas ciliares da FESM, entre 1000 e 1200m de altitude. Geralmente é epífita, mas pode ser terrestre quando há abundância de matéria orgânica em decomposição. Lima (2008), considerando Caldas como pertencente a Serra da
Mantiqueira, relatou que indivíduos deste táxon foram registrados somente duas vezes para esta serra, em Caldas e Pouso Alegre. A espécie floresce entre novembro e janeiro. Um espécime em frutificação foi coletado em janeiro. Em decorrência da antropização, fragmentação e pisoteio de gado nas matas ciliares localizadas nas áreas mais baixas da ASEPB, a população de Vriesea friburgensis var. tucumanensis é maior nas proximidades do Balneário Municipal, onde há cercamento da área.

Fonte: ROSA, A. E. M & MONTEIRO, R. Bromeliaceae na Apa Santuário Ecológico da Pedra Branca, Caldas, Minas Gerais. Bol. Bot. Univ. São Paulo, v. 30, n. 1, p. 5-21, 2012.

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