Bromeliaceae – Tillandsia recurvata

Epífita, raramente rupícola, 7,5-14 cm alt., formando touceiras; caule inconspícuo.

Folhas 3,5-10 cm compr., poucas, alterno-dísticas, laxamente dispostas ao longo do caule, recurvas, densamente
lepidotas; bainha 1,2-1,4×0,5-0,6 cm, elíptico-ovada; lâmina cinérea a verde, 2,5-8×0,5-1 mm, linear, subcilíndrica, sulcada na base, involuta. Escapo esverdeado, 3,7-9 cm compr., ultrapassando as folhas; bráctea escapal única, 7-9,5(-14)x2,5-3 mm, ovada a lanceolada, geralmente aristada, na base da inflorescência, lepidota.

Inflorescência 1-2-flora, 0,7-1,5×0,2-0,4 cm, simples; brácteas florais verdeacinzentadas, 6-8×2-3 mm, ovadas, ápice acuminado, lepidotas, semelhantes à do escapo. Flores cerca de 1,1 cm compr., dísticas; sépalas verdes, 5,5-7×1-2
mm, livres, lanceoladas, ápice agudo, glabras; pétalas lilás, 6-8×1 mm, liguladas, ápice obtuso; estames livres, inclusos, filetes retos, anteras dorsifixas.

Frutos 1-3 cm compr.

Sementes não vistas.

Tillandsia recurvata ocorre dos Estados Unidos até a Argentina (Smith & Downs 1977) e em todo o Brasil (Wanderley & Martins 2007), em Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica (Forzza et al. 2010). Na ASEPB, é frequente em todas as formações vegetais, entre 1100 e 1550m de altitude, mais comumente como epífita. Habita áreas antropizadas, árvores isoladas na transição entre Mata e Campos de Altitude e Campos Rochosos, assim como relatado por Paula
(1998) para o Parque Estadual da Serra do Brigadeiro. Segundo Smith e Downs (1977) e Versieux e Wendt
(2006), a espécie não foi coletada por Regnell (comentários em T. pohliana). Indivíduos em floração foram coletados em dezembro e janeiro, e portando frutos secos durante a maior parte do ano.

Fonte: ROSA, A. E. M & MONTEIRO, R. Bromeliaceae na Apa Santuário Ecológico da Pedra Branca, Caldas, Minas Gerais. Bol. Bot. Univ. São Paulo, v. 30, n. 1, p. 5-21, 2012.

Deixe um comentário