Árvores ou arbustos 2–3,5 m alt.; ramos glabros. Estípulas menores do que 1 mm, triangulares.
Folhas com pecíolo 0,3–0,7 cm compr., glabro; lâmina 5−8,2 × 2,7−7,1 cm, elíptica ou oblonga, ápice arredondado ou emarginado, base arredondada, margem inteira, glabra; nectários ca. 1 × 0,5 mm, e 3–5 na raque, globosos ou cordiformes. Corimbo axilar e/ou terminal; brácteas não observadas. Botão floral 1,8–2 × 0,8–1 cm, capitado, glabro. Sépalas em dois verticilos, as externas 5 – 8 × 3–5 mm, as internas 5–10 × 7–9 mm, arredondadas, glabras. Pétalas 1,2–2 × 0,7–1,2 cm, cremes. Estames 80 – 100; filetes 2,7–4 cm compr., base vinácea e ápice branco, pilosos na
base; anteras 3–5 mm compr., recurvadas, basifixas. Ginóforo 3,5–5 cm compr., glabro; ovário 6,5–8 × ca. 1 mm, cilíndrico.
Fruto levemente moniliforme, 5–11 × 1,3–1,5 cm; semente 1 ̶ 1,5 × 0,7 ̶ 1 cm, elipsoide.
Ocorre nas Antilhas Menores, Haiti, Porto Rico, Ilhas Virgens, Trinidad, Curaçao, Colômbia e Venezuela (Al-Shehbaz 1988). No Brasil, está restrita apenas à Região Nordeste, exceto o estado do Maranhão (Cornejo et al. 2015). No Rio Grande do Norte é encontrada em vegetação de caatinga hiper e hipoxerófila e no seridó, além de floresta ciliar.
Registrada na RPPN Stoessel de Britto. Coletada com flores em fevereiro, setembro e dezembro e com fruto em fevereiro e maio.
Fonte: NETO, R. L. S. & JARDIM, J. G. Capparaceae no Rio Grande do Norte, Brasil. Rev. Rodriguésia, n. 66, p. 847-857, 2015.