Árvore 4−8 m alt.; ramos glabros. Estípulas ausentes.
Folhas alternas espiraladas, compostas 3-folioladas; pecíolo 6,2−9,8 cm compr., glabro. Folíolos 8,2−11,4 × 4,6−5,8 cm; peciólulo 0,8−1,5 cm compr.; lâmina elíptica ou ovada, ápice acuminado ou cuspidado, base obtusa, margem
inteira, glabra. Racemo axilar ou terminal; brácteas não observadas. Botões florais não observados. Cálice com prefloração valvar; sépalas 3−5 × 1−3 mm, em um verticilo, lanceoladas, glabras, nectários presentes na base. Pétalas brancas, unguiculadas, unha 0,5−0,8 mm compr., lâmina 0,7−1,6 × 0,6−1 cm, elíptica. Estames 28−40; filetes 2−2,5 cm compr., vináceos, glabros; anteras 0,4−0,5 × ca. 0,1 mm, oblongas, basifixas. Ginóforo 3,1−3,6 cm compr., glabro; ovário 2−5 × 1–1,5 mm, unilocular, globoso, glabro; estigma ca. 1 mm compr., discoide.
Fruto anfisarca, 2−2,7 × 1,6−3 cm, globosa, alaranjada; semente 1 ̶ 1,5 × 0,6 ̶ 1 cm, reniforme.
Ocorre desde o México até a Argentina (Cornejo & Iltis 2008). É uma espécie amplamente distribuída no Brasil, ocorrendo nas Regiões Norte (Acre, Aamazonas, Pará), em todos os estados da Região Nordeste e no Sudeste (Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo), em vegetação de Caatinga s.s., Carrasco e Floresta Ciliar (Cornejo et al.
2015). No Rio Grande do Norte ocorre em Caatinga hipoxerófila e Seridó, Floresta Cliar e Floresta Estacional Semidecidual, geralmente associada a corpos d’água. Registrada na APA Pedra de São Pedro.
Coletada com flores em janeiro, fevereiro e outubro, e com frutos em janeiro e fevereiro. É facilmente reconhecida devido às folhas compostas trifolioladas, sendo a única dentre as Capparaceae registradas no Brasil com essa
característica.
Fonte: NETO, R. L. S. & JARDIM, J. G. Capparaceae no Rio Grande do Norte, Brasil. Rev. Rodriguésia, n. 66, p. 847-857, 2015.