Epífita, caule curto.
Folhas com bainha castanha, 9-12×5-6cm, elíptica a largo-elíptica; lâmina verde, (13)22-35(40)×(2,5)3,5-5cm, triangular, ápice agudo a acuminado. Pedúnculo, 76cm, ereto; brácteas 23-26×4-4,5cm, densamente imbricadas, as basais foliáceas, as apicais lanceoladas, ápice agudo.
Inflorescência composta; raque ca. 48cm, ramos curtos, 8,5-13cm; brácteas primárias 3-8cm. Brácteas florais amarelas, 2,5-2,7cm, menores que as sépalas, ovais, ápice subagudo a obtuso, com ou sem carena no ápice. Flores 5,5-6cm, dísticas, suberetas a patentes na antese, laxamente dispostas; sépalas amarelas, 3,5cm, obovais; pétalas amarelas, 4,5cm, liguladas, apêndices ca. 1,2cm, lineares; estames exsertos da corola.
Fruto 3,2-3,4cm; sementes não observadas.
As medidas das estruturas vegetativas, dos apêndices petalinos e frutos, além das cores das estruturas vegetativas e reprodutivas foram baseados em Costa et al. (2007), uma vez que havia apenas um espécime disponível para o Distrito Federal e este estava pobremente herborizado, como também não apresentava informações sobre as cores da planta no habitat original. Vriesea friburgensis é o primeiro registro do gênero para o Distrito Federal (Araújo &
Wanderley, no prelo, anexo I).
Ocorre no Paraguai, Argentina, e no Brasil nos estados de Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e no Distrito Federal (Smith & Downs 1977, Flora do Brasil 2020 em construção). No Distrito Federal, foi encontrada na borda de mata de galeria, na Floresta Nacional de Brasília, em Taguatinga. Encontrada com flores em fevereiro, setembro e novembro, e com frutos em fevereiro.
Para Vriesea friburgensis são aceitas três variedades: V. friburgensis var. paludosa (L.B.Sm.) L.B.Sm., V. friburgensis var. tucumanensis (Mez) L.B.Sm. e V. friburgensis var. friburguensis. Essa espécie possui uma grande variação morfológica e relevante distribuição. Após as coletas e visitas às coleções dos herbários realizadas durante o presente trabalho, apenas um registro foi encontrado (coleta de J.H. Lima nº.12), o qual apresentava características sobrepostas e não foi possível determinar uma variedade. No presente trabalho, não foi adotado o nível taxonômico de variedade.
Fonte: ARAÚJO, C. C. de. Bromeliaceae Juss. no Distrito Federal (Brasil). 122p. il. Dissertação (Mestrado) – Instituto de Botânica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, 2016.