Bromeliaceae – Dyckia burchellii

Terrícolas ou rupícolas.

Folhas polísticas, eretas a curvadas, coriáceas, rígidas; bainha 2,3-3,2×3-3,6cm, largo-oval, lepidota, porção apical da margem com acúleos diminutos; lâmina 10-30×0,5-1cm, linear-lanceolada, lepidota, as mais externas com margem aculeada, acúleos 0,1cm, retrorsos. Pedúnculo 9-24cm, ereto; brácteas 1-5cm, base oval-lanceolada, ápice longo-atenuado, em geral menores que os entrenós.

Inflorescência simples ou composta, 3,5-7cm; raque 2-5,3cm. Brácteas florais 0,7-1,4cm, oval-lanceoladas, ápice atenuado. Flores 1,4-1,8cm, suberetas; sépalas 0,6-1cm, lanceoladas, ápice agudo a acuminado; pétalas 1-1,4cm, unguiculadas, glabras, lobo obovado, subagudo; estames 1,2-1,7cm, filetes conatos e adnatos às pétalas na porção basal, achatados, anteras dorsifixas, sagitiformes; ovário semi-ínfero, ca.0,7cm, longo-oval, estilete curto, ca.0,1cm, estigma ca.0,1cm.

Frutos castanhos ca. 1cm, subglobosos; sementes não vistas.

É endêmica do Brasil, onde ocorre nos estados de Goiás, Tocantins e Mato Grosso e no Distrito Federal (Smith & Downs 1974, Flora do Brasil 2020 em construção). No Distrito Federal a espécie foi encontrada apenas nas áreas do “Cristo Redentor”, na Estação Ecológica do Jardim Botânico, e na Fazenda Sucupira (EMBRAPA). Encontrada nas fitofisionomias campestres. Encontrada com flores de julho a outubro.

Os materiais selecionados das coleções de herbário, que eram os únicos disponíveis, apresentavam sinais de passagem do fogo, dando a entender que essa espécie pode florescer após as queimadas ou possivelmente eram notadas apenas após esses eventos. Características do fruto foram baseadas no holótipo Burchell 8178 (K 321750).

Fonte: ARAÚJO, C. C. de. Bromeliaceae Juss. no Distrito Federal (Brasil). 122p. il. Dissertação (Mestrado) – Instituto de Botânica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, 2016.

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