Epífitas.
Folhas em geral poucas, ca. 5 a 10, em roseta tubular; bainha 17-31,5×8,7-9cm, ovada; lâmina com face abaxial com faixas transversais irregulares alvas, 38,5-87×6-7cm, ovada, coriáceas, lepidotas, margem aculeada, acúleos 1-3mm, ápice obtuso, mucronado. Pedúnculo 55,4-96cm, recurvo, densamente alvo-lanuginoso; brácteas róseas, 6,5-22×1,5-5,7cm, oval-lanceoladas, maiores que os entrenós, papiráceas, glabras.
Inflorescência simples, 20-34cm, pêndula; raque 13-27cm, densamente alvo-lanuginosa. Brácteas florais inconspícuas, 0,1cm, geralmente cobertas pela lanugem. Flores 7,5-10,3cm, vistosas; sépalas esverdeadas, 0,4-0,8cm, ovais, ápice obtuso, algumas vezes apiculado; pétalas verde-claras, amareladas na antese, 6,8-8,5cm, espatuladas a longolanceoladas, helicoidais na antese, ápice agudo, apêndices petalinos 2, basais, ápice serreado; estames 5,9-7,3cm, os internos adnatos à base das pétalas, os externos livres, filetes lilases, anteras lilases, 2-2,5cm; ovário 0,8-0,9cm, ínfero, elipsoide, multicostado, densamente alvo-lanuginoso, tubo epígino 0,4-0,5cm, urceolado, estilete 5,5-8cm, estigma 0,9-1cm.
Frutos cinéreos, 2-2,7cm, globosos, lanuginosos.
Sementes não vistas.
Ocorre no Paraguai e no Brasil, nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Pernambuco, Piauí, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e no Distrito Federal (Smith & Downs 1979, Flora do Brasil 2020 em construção). No Distrito Federal é encontrada em fitofisionomias florestais, geralmente solitárias. Encontrada com flores em janeiro a maio, julho, outubro e novembro, e com frutos em junho a agosto e novembro.
Billbergia porteana é a única espécie representante do gênero encontrada no Distrito Federal. É semelhante a Billbergia zebrina (Herb.) Lindl., diferenciando-se desta pelo ovário elipsoide, sem protuberâncias na região apical, sendo que, em B. zebrina, o ovário é obcônico, com protuberâncias na região apical. B. porteana também é semelhante a Billbergia alfonsijoannis Reitz, diferenciandose desta pelo ápice da sépala truncado a agudo, sendo em B. afonsijoannis emarginado.
Fonte: ARAÚJO, C. C. de. Bromeliaceae Juss. no Distrito Federal (Brasil). 122p. il. Dissertação (Mestrado) – Instituto de Botânica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, 2016.