Arbustos ou subarbustos, 0,6-1,5m, com xilopódio, tricomas simples; caule ereto, ramos marrons a marrom-esverdeados, subcilíndricos a cilíndricos, subcarenados, nãosuberizados, glabros, látex branco.
Folhas com pecíolo 13-20mm, glabro; lâmina 12-16(-18)x(0,6-)1-2,2cm, discolor, coriácea, glabra, linear-lanceolada a falcada, ápice cuneado, atenuado, agudo a apiculado, base cuneada a atenuada; nervura central sulcada na face
adaxial, carenada lenhosa na abaxial, nervuras secundárias proeminentes em ambas as faces, distantes ente si 2-4mm, nervuras intersecundárias inconspícuas. Panículas ou racemos, congestos, (4-)6-8cm, (3-)6-multifloras; pedúnculo (1-)3-4cm, glabro; brácteas (20-)30-50×3-5mm, linear-lanceoladas, glabras, persistentes; bractéolas 20x2mm, linear-lanceoladas a subfalcadas, glabras, caducas. Botões florais (0,5-)0,8-1,1x(0,3-)0,5-0,8cm, flores bissexuais; pedicelo (0,8-)1-1,8cm, glabro; sépalas (3-)4-5x(2-)3-4mm, verdes, ovais a oval-lanceoladas, subcoriáceas, tomentosas na face externa, margem ciliada; pétalas 1,2-1,5×1-1,3cm, brancas a róseo-claras, carnosas, ala membranácea, pubescentes na face abaxial, margem ciliada; filetes 3-7mm, amarelos, anteras 1,5-2mm, amarelas a amarronzadas, basifixas, conectivo com glândula dorsi-apical, tecas linear-retangulares, loceladas; gineceu verde a amarelado, estilete 4-6mm, glabro, estigma clavado ou subclavado; ovário 3-5×2-4mm, glabro.
Cápsulas 4x1cm, glabras; sementes não vistas.
Distribuição geográfica: no Brasil, ocorre no Centro-Oeste (Goiás), Norte (Tocantins) e Sudeste – Minas Gerais (Bittrich, 2012).
Ambiente: em Goiás e Tocantins tem ocorrência no cerrado rupestre, cerrado típico e borda de mata de galeria.
Fenologia: coletada com flores em janeiro (dado de apenas uma exsicata). Coletada com frutos em dezembro (dado de apenas uma exsicata).
Comentários: Kielmeyera neriifolia diferencia-se de K. abdita Saddi por apresentar um caule indiviso, pecíolo mais curto entre 4-10mm e inflorescência laxa entre 12-21(-30,5)cm. (Saddi, 1982).
Fonte: ALKIMIM, W. de O. Calophyllaceae J. Agardh em Goiás e Tocantins & Hypericaceae Juss. no Distrito Federal, Brasil. 136f, il. Dissertação (Mestrado) – Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Botânica, Programa de Pós-Graduação em Botânica, 2014.