Bignoniaceae – Xylophragma myrianthum

Arbustos; ramos cilíndricos, glandularpubescentes; profilos da gema axilar em roseta, não-foliáceos, 7–10 mm compr.

Folhas 3- ou 2-folioladas com o folíolo terminal modificado em gavinha simples, não-uncinada; peciólulos 9,8–3,6 cm compr.; peciólulo 0,5–3,5 cm compr.; folíolos 6,5–11,8 × 1,7–3,5 cm, elípticos, com glândulas, ápice acuminado, base aguda, margem plana.

Inflorescência com brácteas até 2 mm compr., sem glândulas, pubérulas. Cálice tubular, cartáceo, 5-denteado, frequentemente com uma fenda lateral abrindo até ½ do comprimento, viloso; corola rosa ou magenta, 5,1–5,8 × 1,5–2,1 cm, infundibuliforme, lepidota, lobos 2,1 × 1,6 cm; estames inclusos, filetes maiores ca. 2,5 cm compr., filetes menores ca. 1,8 cm compr., estaminódio ca. 6,4 mm compr.; disco nectarífero cupular; ovário elíptico, liso, lepidoto, estilete ca. 2,5 cm compr., estigma ca. 3 × 1,1 mm.

Cápsula linear, achatada, ca. 13–16 × 4–5 cm, séssil, lisa; sementes com alas hialinas.

Xylophragma myrianthum foi coletada com flores em novembro. Esta espécie pode ser reconhecida pelas folhas 4–5-folioladas, ramos glandular-pubescentes com campos de glândulas na região interpeciolar, profilos da gema axilar em roseta, e corola magenta, com 5,1–5,8 × 1,5–2,1 cm compr. Esta espécie é restrita à regiões de cerrado do Brasil (Lohmann & Taylor 2014), onde ocorre nas Regiões Norte (TO), Nordeste (CE, BA), CentroOeste (GO, DF), Sudeste (MG, ES, SP, RJ) e Sul (PR) (Lohmann 2010). No PARNA Itatiaia foi coletada crescendo em área com vegetação aberta, não florestal.

Fonte: REICHE, A. P.; MANSANO, V. de. F.; HEIDEN, G. & LOHMANN, L. G. A tribo Bignonieae (Bignoniaceae) no Parque Nacional do Itatiaia, Sudeste do Brasil. Rev. Rodriguésia, n. 71, p. 24, 2020.

Deixe um comentário