Arbusto escandente; ramos cilíndricos, velutinos ou glabros; profilos da gema axiliar não-foliáceos, glabrescentes a tomentosos, até 7 mm compr., com glândulas cupulares.
Folhas 3-folioladas, sem gavinhas; pecíolos 5, 3–7 cm compr.; peciólulos 1–4,7 cm compr.; folíolos 8,8–17,3 × 2,6–5,1 cm, estreito-elípticos, glabros na face adaxial, velutinos na nervura central da face abaxial, discolores, ápice acuminado, base cuneada, margem plana.
Inflorescência com brácteas < 0,6 cm compr., sem glândulas, glabras. Cálice campanulado, cartáceo, 5-denteado, velutino; corola amarela, 4,6–6 × 1,1–1,4 cm, infundibuliforme, pubérula, com tricomas estrelados externamente, lobos ca. 0,9 × 1,1 cm; estames inclusos, filetes maiores ca. 4 cm compr., filetes menores ca. 3,4 cm, velutinos,
estaminódio ca. 3 mm compr.; disco nectarífero cupular; ovário elíptico a obovado, liso, estilete ca. 4,3 cm compr., estigma ca. 8 mm compr.
Frutos e sementes não vistos.
Adenocalymma acutissimum foi coletada no PARNA Itatiaia com flores em abril e setembro. Esta espécie foi tratada por muito tempo como Adenocalymma comosum DC., até que Turner (2015) percebeu a existência de um binômio mais antigo para o mesmo táxon, tornando esse nome um sinônimo para A. acutissimum. Caracteriza-se pelos folíolos estreito-elípticos com até 8 cm de comprimento e ausência de gavinhas. Adenocalymma acutissimum é
endêmica da Mata Atlântica Brasileira (Lohmann & Taylor 2014; ver A. comosum). No Brasil ocorre nas regiões Nordeste (BA), Sudeste (MG, ES, SP, RJ) e Sul (PR, SC) (Lohmann 2010; ver A. comosum). No PARNA Itatiaia foi encontrada crescendo em área de floresta úmida.
Fonte: REICHE, A. P.; MANSANO, V. de. F.; HEIDEN, G. & LOHMANN, L. G. A tribo Bignonieae (Bignoniaceae) no Parque Nacional do Itatiaia, Sudeste do Brasil. Rev. Rodriguésia, n. 71, p. 24, 2020.