Arbusto ou arvoreta, 1–2 m alt. Ramos quadrangulares, sólidos, dendrítico-pubescentes, tomentosos, estriados, estrias não destacáveis, lenticelas ausentes. Profilos triangulares, robustos, densamente dendrítico-pubescentes.
Folhas digitadas, 5-folioladas, gavinhas ausentes, pecíolos 10–11,5 cm compr., peciólulos 1–2 cm compr., lâmina foliolar 12–15 × 2,5–3 cm, discolor, cartácea a coriácea, oblonga a elíptica, às vezes obovada, base arredondada, ápice agudo, margem inteira, face adaxial dendrítico-pubescente, indumento mais denso ao longo da nervura principal, face abaxial dendrítico-pubescente, glauca, domácias e pontuações pelúcidas ausentes, 12–18 pares de nervuras secundárias. Tirso terminal, 10–12 cm compr.; cálice ca. 13 × 10 mm, cobrindo mais da metade da corola, ferrugíneo,
tubuloso, conspicuamente 3-lobado, externamente densamente dendrítico-pubescente, internamente dendrítico; corola ca. 40 × 10 mm, ferrugínea, lobos amarelos, tubulosa, tubo reto, externamente densamente dendrítico-tomentosa, internamente esparsamente glandulosa, lobos 5,5–7,5 × 4–4,5 mm, inserção dos estames vilosa; estames inclusos, anteras retas, pólen em mônades, estaminódio menor que os estames férteis; ovário ca. 3,5 × 3 mm, ovóide, estilete ca. 30 mm compr., filiforme, estigma rômbico; disco nectarífero inconspícuo.
Cápsula ca. 8 × 6 cm, imatura parda, ovóide, mucronada, densamente vilosa.
É encontrada em mata seca, mata de galeria, cerrado sentido restrito e campo rupestre. Coletada com flores em fevereiro, março, maio e dezembro e com frutos em maio. Caracteriza-se por apresentar folíolos discolores, cálice 3-lobado, cobrindo mais da metade da corola e cápsula ovóide mucronada (Fig. 3h) (Scudeller & Carvalho-Okano 1998;
Scudeller 2004).
Fonte: MACHADO, A. I. M. R. & ROMERO, R. Bignoniaceae das serras dos municípios de Capitólio e Delfinópolis, Minas Gerais. Rev. Rodriguésia, n. 65, p. 1003-1021, 2014.