Bignoniaceae – Anemopaegma chamberlaynii

Liana. Ramos cilíndricos, sólidos, glabros, estriados, estrias não destacáveis, lenticelas ausentes. Profilos foliáceos, reniformes a arredondados, glândulas pateliformes presentes.

Folhas 2-folioladas, gavinhas trífidas presentes, pecíolos 1,5–4,5 cm compr., peciólulos 0,3–0,7 cm compr., lâmina foliolar 7–16 × 2–5,5 cm, concolor, cartácea, ovado-lanceolada, base oblíqua, ápice acuminado, margem inteira, ambas as faces glandulosas, domácias e pontuações pelúcidas ausentes, 8 pares de nervuras secundárias. Racemo,
ca. 10 cm compr.; cálice ca. 5 × 10 mm, verde, campanulado, truncado, externamente viloso no ápice, internamente glabro; corola ca. 55 × 12 mm, amarela, tubular-infundibuliforme, tubo reto, externa e internamente glandulosa, glabrescente na base, lobos 8–9 × 8–9 mm, inserção dos estames vilosa; estames inclusos, anteras retas, pólen em
mônades, estaminódio menor que os estames férteis; ovário ca. 3 × 2 mm, orbicular, costado, estilete ca. 35 mm compr., filiforme, estigma rômbico; disco nectarífero ca. 1 × 3 mm, pulvinar.

Frutos não vistos.

É encontrada em cerrado rupestre. Coletada com flores em maio e novembro. Diferenciada das demais espécies de Anemopaegma da área pelas folhas 2-folioladas, com um folíolo na posição do meio modificado em gavinha trífida, sem discos adesivos, e profilos foliáceos, reniformes a arredondados (Fig. 1f), com glândulas na face abaxial.

Fonte: MACHADO, A. I. M. R. & ROMERO, R. Bignoniaceae das serras dos municípios de Capitólio e Delfinópolis, Minas Gerais. Rev. Rodriguésia, n. 65, p. 1003-1021, 2014.

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