Bignoniaceae – Anemopaegma arvense

Subarbusto, 20–40 cm alt. Ramos cilíndricos, sólidos, esparsamente vilosos, estriados, estrias não destacáveis, lenticelas esparsas. Profilos foliáceos, linear-lanceolados, glândulas pateliformes presentes.

Folhas 3-folioladas, gavinhas ausentes, sésseis, folíolos subsésseis, peciólulos até ca. 5 mm compr., lâmina foliolar 9–10 × 0,5 cm, concolor, cartácea a coriácea, estreitamente lanceolada, base atenuada, ápice acuminado, margem inteira, revoluta, ambas as faces esparsamente glandulosovilosas, domácias e pontuações pelúcidas ausentes, 10–15 pares de nervuras secundárias. Racemo ca. 5 cm compr.; cálice ca. 7 × 2 mm, verde, campanulado, truncado, externamente glabrescente, com glândulas pateliformes, internamente glabro; corola ca. 50 × 10 mm, amarela, lobos da corola alvos, tubular-infundibuliforme, tubo reto, externamente denso glandulosa, internamente glabra, lobos ca. 6 × 7–7,5 mm, inserção dos estames vilosa; estames inclusos, anteras retas, pólen em mônades, estaminódio menor que os estames férteis; ovário ca. 2,5 × 1 mm, orbicular, costado, estilete ca. 30 mm compr., filiforme, estigma rômbico; disco nectarífero ca. 1 × 2 mm, pulvinar.

Cápsula ca. 5,5 × 6,0 cm, verde, ovado, achatado dorsi-ventralmente.

É encontrada em cerrado de altitude e campo rupestre. Coletada com flores em fevereiro, outubro e dezembro, e com frutos em outubro. Facilmente reconhecida pelos folíolos subsésseis, peciólulos que não ultrapassam 5 mm de comprimento e folíolos estreitamente lanceolados (Fig. 1e) (Scudeller 2004).

Fonte: MACHADO, A. I. M. R. & ROMERO, R. Bignoniaceae das serras dos municípios de Capitólio e Delfinópolis, Minas Gerais. Rev. Rodriguésia, n. 65, p. 1003-1021, 2014.

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