Erva, 20-80cm. Ramos cilíndricos, estriados, esparsamente vilosos, glabrescente, tricomas glandulares papilosos presentes.
Folhas basais pecioladas, 7-15mm, lâmina 4-13×3,5-6cm, obovada, circular, largamente elíptica, ápice arredondado ou obtuso, base atenuada, margem denteada ou crenada, inteira ou sinuada, revoluta, face adaxial estrigosa, glabrescente, face abaxial esparsamente estrigosa, glabrescente; folhas caulinares, lâmina 10-41×4-16cm, ovada ou lanceolada, ápice agudo, margem denteada ou crenada, inteira, raro sinuada, revoluta, face adaxial estrigosa, glabrescente, ápera, face abaxial esparsamente estrigosa, glabrescente, áspera.
Inflorescência apical, corimbos amplos, folhosos, capítulos pedunculados, 2-9cm, brácteas na ramificação e no meio do pedicelo; capítulos 9-15mm, invólucro campanulado, 6,5-8,5mm, bisseriado, 10-15 brácteas, 6-8mm, oblanceoladas, ápice agudo, margem hialina, densamente estrigosa, tricomas glandulares presentes; receptáculo convexo. Flores ca. 25, 8-10mm, corola bilabiada, lábio externo trilobado, lábio interno bilobado, anteras sagitadas, ramos do estilete truncados, penicelados.
Cipsela cilíndrica, estreitamente obovoide, não costada, densamente glandulosa.
Holocheilus brasiliensis ocorre no Uruguai, Argentina e Brasil, nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. E7: em campos de altitude e em campos úmidos, coletada com flores nos meses de novembro e
dezembro.
Holocheilus brasiliensis pode ser diferenciado das demais espécies do gênero pelo tamanho do invólucro que varia de 6,5 até 8,5mm, indumento estrigoso nas folhas, folhas basais com 4-13×3,5-6cm, com lâmina oboval, circular, largamente elíptica, inflorescência em corimbos, com capítulos longamente pedunculados, com pedúnculo com 2-9cm de comprimento. A espécie apresenta grande plasticidade fenotípica, o que parece estar intimamente ligado à disponibilidade de água no solo, pois em locais úmidos as inflorescências são maiores e as folhas também (Cabrera 1936). Uma caráterística que pode auxiliar na identificação do táxon é a textura das folhas, que ao toque dos dedos é áspera, em ambas as faces, devido à presença de tricomas estrigosos. Holocheilus brasiliensis está presumivelmente extinta no estado (EX), devido à falta de coletas da espécie há mais de 50 anos.
Fonte: EGEÃ, M. M. As Tribos Barnadesieae e Mutisieae S. L. (Asteraceae) no Estado de São Paulo, Brasil. 215f, il. Dissertação (Mestrado em Biologia Vegetal), Instituto de Biologia, Campinas, 2011.