Asteraceae – Dasyphyllum latifolium

Arbusto, 1-2m. Ramos estriados, lenticelas presentes, glabros, raro esparsamente tomentosos, tricomas estrelados presentes, projeções espinescentes axilares, 4-16mm, retas. Folhas curtamente pecioladas, 1-3(4)mm, lâmina 2,5- 9×2,5-5,5cm, largamente ovada, largamente elíptica a orbicular, ápice agudo a obtuso, curtamente apiculado, apículo caduco, base arredondada, margem inteira, ciliada, concolor, face adaxial esparsamente setosa, glabrescente, face abaxial densamente setosa, tricomas estrelados densamente presentes, raramente glabrescente.

Inflorescência apical, capítulos solitários, sésseis, folhas próximas à base do capítulo; invólucro largamente campanulado, vernicoso, 2,5-3cm, 9-11 séries, 85-90 brácteas, séries externas, 0,4-2,2×0,2-0,5cm, brácteas
largamente ovadas, ovadas, lanceoladas e estreitamente oblongas, margem ciliada, ápice curtamente apiculado, tomentulosas, glabrescentes; receptáculo plano (Hatschbach 40102), paleáceo. Flores (Hatschbach 40102) ca. 42, 3cm, corola ligulada, com uma única incisão mais profunda, ápice dos lobos externamente hirsuto, base do tubo externamente hirsuta, raro esparsamente hirsuta, tubo internamente hirsuto, apêndice basal curtamente sagitado,
apêndice apical bilobado, ramos do estilete curtos, agudos, glabros. Cipsela (Hatschbach 40102) cilíndrica, pápus de cerdas lineares.

A espécie ocorre no Paraguai e Brasil, nos estados de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e São Paulo. C6: em cerrados e campos pedregosos. Coletada com flores e frutos de março a agosto.

Dasyphyllum latifolium pode ser prontamente diferenciado das demais espécies pelas folhas com 2,5 até 9cm de comprimento e 2,5 a 5,5cm de largura, com pecíolo de 1 a 3, raramente com 4 mm, nervura acródroma basal, discolor, mais clara que o limbo, corola ligulada com 5 lobos unidos com uma incisão mais profunda, ápice dos lobo e tubo da corola internamente e externamente hirsutos e invólucro com aspecto vernicoso. Em alguns materiais a face externa do tubo possui tricomas esparsos, devido a deciduidade destes, no entanto sempre são encontrados tricomas nesta região ou ao menos a base destes tricomas, que indicam a presença destes durante o desenvolvimento floral, não comprometendo a utilização deste caráter na distinção desta espécie. Novo registro de ocorrência para o estado de São Paulo.

Fonte: EGEÃ, M. M. As Tribos Barnadesieae e Mutisieae S. L. (Asteraceae) no Estado de São Paulo, Brasil. 215f, il. Dissertação (Mestrado em Biologia Vegetal), Instituto de Biologia, Campinas, 2011.

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