Asteraceae – Dasyphyllum fodinarum

Arbusto escandente. Ramos estriados, lenticelas ausentes, esparsamente tomentosos a esparsamente velutinos, glabrescentes, raro esparsamente vilosos, tricomas estrelados diminutos presentes, projeções espinescentes axilares, 2-6mm, curvas. Folhas pecioladas, 3-9mm, lâmina 3-6,5×1-3,7cm, lanceoladas a elípticas, ápice acuminado ou mucronulado, base arredondada, margem inteira, ciliada, face adaxial esparsamente setosa a subvelutina, glabrescente, tricomas estrelados diminutos presentes, face abaxial setosa a subvelutina, tricomas estrelados diminutos presentes.

Inflorescência apical, capítulos solitários, sésseis, folhas próximas à base do capítulo; invólucro campanulado, 2,4-3,2cm, 8-10 seriado, ca. 70 brácteas, série externa 1,2cm, brácteas estreitamente lanceoladas, glabrescentes, ápice acuminado, margem ciliada; séries internas 0,5-2,6cm, largamente ovadas a estreitamente oblongas, pubescentes, ápice acuminado, margem ciliada, ápice apiculado; receptáculo plano, paleáceo. Flores 25-30 (Cabrera 1959), 2,4cm, corola ligulada, 5 lobos unidos, uma única incisão mais profunda, base do tubo externamente e externamente hirsuta, ápice dos lobos externamente hirsuto, ápice dos lobos externamente glabra, apêndice basal linear, curto, apêndice apical bilobado, ramos do estilete curtos, agudos, triangulares, papilosos. Cipsela obovoide, pápus de cerdas paleáceas.

A espécie ocorre em Minas Gerais e São Paulo. D9: em matas ombrófilas montanas e submontanas, da Serra do Mar, conhecida somente para o município de Cunha. Foi coletada em flor nos meses de agosto a março.

Dasyphyllum fodinarum pode ser diferenciada das demais espécies pela presença de capítulos solitários no ápice dos ramos, nervura coletora mais clara que o limbo, tricomas esparsamente setosos ou subvelutinos, glabrescentes, com base dos tricomas persistentes, o que ajuda a identificar a presença destes. Outros caracteres também auxiliam na delimitação da espécie como a nervura coletora concolor, presença de tricomas estrelados nas folhas, corola ligulada, com 5 lobos fundidos e com duas incisões profundas e tubo e lobos da corola externamente indumentados, além de hábito arbustivo escandente. Espécie rara ao longo de sua distribuição, representando novo registro de ocorrência para o estado de São Paulo.

Fonte: EGEÃ, M. M. As Tribos Barnadesieae e Mutisieae S. L. (Asteraceae) no Estado de São Paulo, Brasil. 215f, il. Dissertação (Mestrado em Biologia Vegetal), Instituto de Biologia, Campinas, 2011.

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