Arbusto escandente a liana. Ramos estriados, lenticelas ausentes, tomentosos, glabrescentes, projeções espinescentes axilares, 2-7mm, retos ou curvos. Folhas pecioladas, 2-3mm, lâmina 1,6-6,2(8,5)x1-1,5(3)cm, elíptica e oval-lanceolada, ápice acuminado, com projeção espinescente, caduca, base arredondada a cordiforme, margem inteira, concolor, face adaxial esparsamente estrigilosa, glabrescente, face abaxial tomentosa.
Inflorescência com capítulos solitários, raro em panículas curtas com até quatro capítulos, apical e axilar, pedicelo
0,1-1,3cm; invólucro campanulado, 1,3-1,7cm, 8-10 seriado, ca. 70 brácteas, 3-9×1-2mm, oval-lanceoladas, lanceoladas a oblongas, ápice com projeções espinescentes, 0,5mm, margem pubescente; receptáculo côncavo, paleáceo. Flores ca. 23, 10mm, corola tubulosa, com duas incisões mais profundas, base do tubo internamente hirsuta, externamente glabra, ápice dos lobos hirsuto, antera com apêndice basal curtamente sagitado, apicalmente bilobado, bífido; ramos do estilete curtos, sagitados papilosos. Cipsela obovóide, pápus de cerdas lineares.
Dasyphyllum flagellare ocorre nos estados Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. C7, D6, D8, E7, F4 e F5: em matas ombrófilas submontanas, montanas e matas estacionais. O táxon foi coletado em flor nos
meses de março a julho. Segundo Cabrera (1959) a espécie floresce desde o outono até o fim do inverno.
Dasyphyllum flagellare pode ser diferenciada das demais espécies do gênero pela presença de capítulos solitários, raramente formando panículas curtas com até quatro capítulos, ramos e face abaxial das folhas densamente tomentosa, ápice das brácteas involucrais com projeções espinescentes de até 0,5cm e ápice da folhas com projeção espinescente, caduca. A espécie morfologicamente semelhante a D. flagellare é D. spinescens, da qual pode ser prontamente diferenciada pela presença de folhas elípticas e oval-lanceoladas, inflorescência apical, com capítulos solitários ou em panículas com até quatro capítulos, cerca de 70 brácteas involucrais por capítulo, ausência de lenticelas nos ramos e hábito arbustivo a lianescente para D. flagellare, enquanto D. spinescens possui folhas elípticas a lanceoladas, inflorescências apicais e axilares, capítulos em panículas densas ou em panículas corimbiformes, cerca de 40 brácteas involucrais por capítulo, presença de lenticelas nos ramos e hábito arbóreo.
Fonte: EGEÃ, M. M. As Tribos Barnadesieae e Mutisieae S. L. (Asteraceae) no Estado de São Paulo, Brasil. 215f, il. Dissertação (Mestrado em Biologia Vegetal), Instituto de Biologia, Campinas, 2011.