Arbusto, 1-3m. Ramos estriados, lenticelas presentes, indumento densamente tomentoso, estrigoso a viloso, glabrescente, projeções espinescentes axilares, 1-10mm, retos ou curvos, caducos. Folhas pecioladas, 1-4mm, lâmina 1,8-4,7×0,8-2,5cm, largamente elíptica, elíptica, estreitamente oblanceolada, ápice curtamente apiculado a agudo, apículo caduco, base arredondada, margem inteira, ciliada a glabra, discolor, mais clara do que o limbo, face adaxial setosa, tricomas alvos, glabrescentes, face abaxial densamente estrigoso, velutino, tricomas dourados.
Inflorescência apical ou axilar, panículas a panículas umbeliformes, sésseis, folhas próximas à base do capítulo; invólucro 2-2,7(3,5)cm, obovóide, campanulado, raro turbinado, 11-12 seriado, ca. 72-80 brácteas, 5-16×3-4mm, largamente ovadas a ovadas, lanceoladas a oblongas, densamente vilosas, alvas, glabrescentes, ciliadas, ápice curtamente apiculado; receptáculo plano, epaleáceo. Flores ca. 30, 1,5cm, corola ligulada, com uma incisão profunda, 5 lobos unidos, ápice dos lobos externamente hirsutos, base do tubo internamente hirsuta, externamente glabra, apêndice apical bilobado, apêndice basal curtamente sagitado, ramos do estilete curtos, agudos, glabros. Cipsela densamente hirsuta, pápus de cerdas principais mais grossas, plumosas. Dasyphyllum candolleanum ocorre nos estados de Pernambuco, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. D7: em cerrados, degradados ou não. Coletada com flores em junho.
Dasyphyllum candolleanum é diferenciado das demais espécies do gênero pela presença de indumento em ambas as faces da folha, capítulos com invólucro variando de 2 a 2,7 cm, com indumento viloso, alvo. Dasyphyllum candolleanum é morfologicamente semelhante à Dasyphyllum sprengelianum, no entanto a diferenciação destas espécies é complexa, devido à sobreposição de caracteres e à falta de caracteres de fácil identificação, por exemplo folhas decíduas. São encontradas tendências morfológicas em embas as espécies, mas estas não são suficientemente conssistentes. São necessários estudos mais aprofundados para esclarecer as relações entre este complexo de espécies.
Dasyphyllum candolleanum possui capítulos dispostos em panículas e em panículas umbeliformes, o invólucro é obovóide, campanulado, raro turbinado, esbranquiçado, o indumento está presente em ambas as faces da folhas, com
aspecto esbranquiçado na face adaxial, mas o indumento é glabrescente, já D. sprengelianum possui capítulos solitários ou em panículas curtas, o invólucro é largamente campanulado e turbinado, esbranquiçado, folhas precocemente glabrescentes em ambas as faces, sem face adaxial esbranquiçada. Essas caráterísticas combinadas auxiliam na separação das espécies. O aspecto esbranquiçado encontrado no invólucro e na face adaxial é devido à vilosidade presente nestas estruturas. As folhas de D. candolleanum são decíduas, o que dificulta a visualização de alguns caracteres. Espécie rara no estado de São Paulo.
Fonte: EGEÃ, M. M. As Tribos Barnadesieae e Mutisieae S. L. (Asteraceae) no Estado de São Paulo, Brasil. 215f, il. Dissertação (Mestrado em Biologia Vegetal), Instituto de Biologia, Campinas, 2011.