Erva, 0,2 m alt.; ramos cilíndricos, estriados, glabrescentes. Folhas pinatipartidas, 5‑9 folíolos, opostas, pecíolo 1,1‑2 cm compr., lâmina 3‑4,5 × 2,5‑3 cm, oval, ápice acuminado, margem serreada, base atenuada, faces glabras, nervação craspedódroma. Capítulos radiados dispostos em dicásios laxos, pedúnculo 4,6‑14,2 cm compr.; invólucro 11‑17 mm diam., campanulado; receptáculo plano; páleas oblongas, glabras, ápice agudo; calículo verde; brácteas involucrais 2 séries, foliáceas, amarronzadas, externas ca. 6,7‑8,2 × 1,1‑1,7 mm, lineares ou linear-lanceoladas, ápice agudo, glabras, internas 8,1 × 9,7 mm, elípticas, ápice obtuso, glabras. Flores do raio ca. 8, neutras, corola 16,5‑17mm compr., liguliforme, alaranjada, glabrescente, 3‑nervada. Flores do disco 25‑32, monóclinas, corola 7,5‑8,3 mm compr., infundibuliforme, amarelo-alaranjada, glabra; anteras marrons, ápice agudo ou retuso, base sagitada; estilete 8,5‑9,2 mm compr. Cipselas 7,3‑10,1 mm compr., fusiformes, rostradas, lisas, puberulentas. Pápus 3,8‑4,4 mm compr., 2‑aristado, aristas retrorsas, beges.
A espécie subespontânea é originária do México (Lorenzi 2000) e ocorre em todos os Estados brasileiros, exceto Amazônia (Nakajima et al. 2012a). No PEB foi coletada em áreas antropizadas. No Brasil ocorrem três espécies de Cosmos: C. bipinnatus Cav., C. caudatus Kunth. e C. sulphureus Cav. (Nakajima et al. 2012a). Sherff (1932) diferencia C. sulphureus das outras duas espécies brasileiras por suas flores do raio alaranjadas ou muito amareladas. Cosmos sulphureus é próxima das espécies de Bidens por possuir cipselas fusiformes, aristas retrorsas e flores do raio neutras. No entanto, diferencia‑se facilmente por apresentar calículo, flores do raio alaranjadas e
cipselas rostradas.
Fonte: MARQUES, D. & NAKAJIMA, J. N. Heliantheae s.l. (Asteraceae) do Parque Estadual do Biribiri, Diamantina, Estado de Minas Gerais, Brasil. Rev. Hoehnea , n.42, p. 41-58, 4 fig., 2015.