Alismataceae – Echinodorus grandiflorus

Ervas perenes, robustas, 28-113cm, esteliforme-pubescentes. Folhas sempre emersas; pecíolo 13-48×0,3- 0,6cm, cilíndrico; lâmina 7-38×6-31cm, oval ou raro elíptica, ápice arredondado a obtuso, base cordada a subcordada, nervuras 9-17, marcas translúcidas formando pontos ou pontos e linhas.

Inflorescência em panícula;escapo 22-93×0,1-0,6cm, cilíndrico, triangular entre os verticilos; verticilos 5-11, com 3-14 flores; brácteas7,5-17,5×4-7mm, lanceoladas a linear-lanceoladas, menores ou quase do mesmo comprimento que o pedicelo. Flores 3,7-4,9cm diâm.; pedicelo 3,5-18,5mm, cilíndrico; sépalas 5,5-7,5×4,5-7,5mm, nervuras 16-23;        pétalas 2-2,6×2,3-2,6cm; estames 27-30, filetes 2,4-3mm, anteras 1,4-1,6mm, versáteis, ápice obtuso; carpelos numerosos. Aquênio 2-2,5×1-1,5mm, alongado, glândulas 3-6, lineares.

Distribui-se do México até a Argentina. No Brasil está distribuída desde a Amazônia até o Rio Grande do Sul. Em São Paulo apresenta-se amplamente distribuída por todo o Estado. B3, B4, C1, C5, C6, C7, D1, D2, D4, D5, D6, D7, E5, E7, E8, F5, F6: ambientes palustres e margem de pequenos cursos d’água. Coletada com flores de novembro até fevereiro. Utilizada na medicina popular como diurético, no combate de inflamações das vias urinárias e ulcerações da pele.

Haynes & Holm-Nielsen (1994) descrevem que a espécie pode raramente apresentar folhas de base atenuada, mas esse caráter não foi observado no material coletado no Estado de São Paulo. Os mesmos autores reconhecem duas
subespécies (Echinodorus grandiflorus subsp. aureus e E. grandiflorus subsp. grandiflorus), separando-as, basicamente, pela presença de marcas translúcidas como pontos ou pontos e linhas, respectivamente. Como é possível observar plantas com folhas apresentando somente pontos, e pontos e linhas, em indivíduos de uma única
localidade, no presente trabalho essas subespécies são tratadas como sendo um mesmo táxon. Espécie muito comum no Estado, caracterizada pela presença de tricomas esteliformes e marcas translúcidas nas folhas.

 

PANSARIN, E.R & AMARAL, M. do. C. do. A. Alismataceae. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 4, p. 1-10,
2005.

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