Asteraceae – Mikania nummularia

Arbustos, 0,6 m alt., eretos. Ramo cilíndrico, multicostado, densamente velutino. Folhas opostas; pecíolo 0,8–5,1 mm compr., velutíneo; lâminas 3,4–28,5 mm compr., 2,3–26,8 mm larg., largo-elítpicas a ovadas, ápice arredondado, base arredondada a cordada, margem serreada, ambas faces densamente velutíneas, glandulso-pontoadas, paralelódromas. Capitulescência em panículas de dicásio; capítulos com pedúnculo 0,5–1,2 mm compr., velutíneo, glanduloso-pontoado; invólucro campanulado, 1,9–3,5 mm compr., 1,7–3 mm larg.; bráctea subinvolucral
1,3–1,7 mm compr., 0,4–0,6 mm larg., lanceolada, ápice agudo, face adaxial seríceo-velutínea, glanduloso-pontoadas; brácteas involucrais 2,7–3,3 mm compr., 1,1–1,3 mm larg., oblongo-lanceoladas, ápice arredondado ou raramente truncado, margem inteira, ciliada, hialina, face adaxial densamente seríceo-velutínea, glanduloso-pontoada. Receptáculo plano, glabro. Corola com tubo 0,5–1,1 mm compr., glanduloso-pontoado; limbo 0,8–1 mm compr., esparsamente glanduloso-pontoado; lacínias 0,3–0,5 mm compr, externamente glanduloso-pontoadas.
Anteras com base arredondadas, apêndice apical triangular. Ramos do estilete lineares, mamilosos. Cipselas obcônicas, 0,4–0,8 mm compr., 0,2–0,3 mm diâm., glanduloso-pontoadas, carpopódio simétrico, anelar. Pápus 2,1–2,4 mm compr.

Mikania nummularia pode ser encontrada em Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo, em Cerrado e Mata Atlântica. Na área de estudo ocorre em borda de estrada. Pode ser reconhecida por apresentar coloração parda por toda a planta, folhas largo-elípticas e velutíneas e brácteas involucrais seríceo-velutíneas.

Nakajima (2001) cita a semelhança desta espécie com M. parvifolia, contudo esta apresenta capitulescência em panículas umbeliformes, ramos híspido-escabros e cerdas do pápus com coloração amarela (vs. capitulescência em panículas de dicásio, ramos velutíneos e cerdas do pápus alvas).

Fonte: CONTRO, F. L. & NAKAJIMA, J. N. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Asteraceae – Eupatorieae. Bol. Bot. Univ. São Paulo, v. 35, p. 113-162, 2017.

Deixe um comentário