Arbustos, 0,7 m alt., eretos. Ramo cilíndrico, multicostado, hirsuto-tomentoso. Folhas opostas; pecíolo 2,2–3,5 mm compr., densamente tomentoso; lâminas 8,3–30,9 mm compr., 6,5–32,8 mm larg., largo-elípticas, ovadas, ápice arredondado, obtuso ou às vezes mucronado, base cordada a arredondada, margem inteira a serreada, às vezes revoluta, face adaxial estrigosa, glanduloso-pontoada, face abaxial densamente tomentosa, glanduloso-pontoada,
broquidódromas. Capitulescência em panículas de dicásio; capítulos com pedúnculo 2,5–3,7 mm compr., tomentoso; invólucro campanulado, 2,9–3,8 mm compr., 2,1–3,2 mm compr.; bráctea subinvolucral oblonga, ápice arredondado, margem inteira; brácteas involucrais 4,1–4,5 mm compr., 1,2–1,4 mm larg., oblongas, ápice arredondado, ciliado, margem inteira, hialina. Receptáculo plano, glabro. Corola com tubo 0,4–2,9 mm compr., glabro; lacínias 1,8–2,5 mm compr., ápice com tricomas setosos. Anteras com base sagitada, apêndice apical lanceolado. Ramos do estilete lineares, papilosos. Cipselas obcônicas, 0,5–2,2 mm compr., 0,4–0,7 mm diâm., glabras, carpopódio indistinto. Pápus 3,1–5,9 mm compr., cerdas com ápice espessado, alaranjadas.
Mikania lindbergii pode ser encontrada na Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo, em Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica. Na área de estudo ocorre em cerrado e campo rupestre. Barroso (1959), Nakajima (2000) e Quaresma (2014) citam a semelhança desta espécie com M. paranahybensis
G.M.Barroso que se diferencia pela presença de folhas crassas com ápice acuminado, base arredondada e pápus decíduo (vs. folhas membranáceas ou cartáceas, ápice obtuso, base aguda e pápus persistente).
Fonte: CONTRO, F. L. & NAKAJIMA, J. N. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Asteraceae – Eupatorieae. Bol. Bot. Univ. São Paulo, v. 35, p. 113-162, 2017.